As pequenas luzes ao longe, contornando a ponte, piscando como estrelas nas janelas dos prédios quando acendem e apagam dizem que estou chegando. Agora falta pouco e dentro do carro somos ocultos pela escuridão da noite que já se apresenta. Tudo passa velozmente diante dos meus olhos que te buscam para te ver completamente. Já posso identificar os teus contornos, o reflexo amarelado da Igreja das Dores, as sombras dos navios atracados no Cais do Porto, e lá na frente já vejo majestoso e imponente o Gasômetro.
Graças a Deus estou chegando mais uma vez. Queria poder voltar para sempre, e para sempre a deixar minhas pegadas nas tuas calçadas, Porto Alegre. O meu maior medo é morrer em outro lugar, pois quero as minhas cinzas jogadas num sopro do Minuano, para que minhas pertículas se dispersem no teu norte, no teu sul, no teu leste no teu Guaíba.
pequena oração para minha terra
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