quarta-feira, 2 de junho de 2010

Espera

Numa noite solitária todos dormiam,
apenas eu, o gato e o relógio
respirávamos na solidão da sala.
Tic,tac,tic,tac,tic,tac...
eram três corações aflitos
quebrando um silêncio avassalador
e pela janela entreaberta,
três estrelas curiosas nos espiavam
por detrás da lua cobiçada pelos poetas
que tudo pintava com seu olhar de prata.
A rua concreta,
nua e deserta,
molhava de chuva a minha saudade
de ouvir os teus passos
de volta a minha porta,
de encaixar-me nos teus braços sem abraços,
beijar teu beijo frio
e olhar de novo a tua cara torta.

direitos reservados: Liane Flores = Ed. Movimento/2003

E o galo já cantou!

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